ISBN-13: 9781502580153 / Portugalski / Miękka / 2014 / 760 str.
Os poemas do Joker resultaram dum apanhado lirico, exposto ao longo de mais de dois anos, no blogue (da bluegosfera) Tribuna Portista ( tribunaportista.blogspot.pt), como corolario participativo num movimento de amigos portistas em prol da sua paixao pelo F.C. Porto. A personagem, decalcada do mundo Marvel (tao querido a este autor) para, numa personificacao heteronima assumir a condicao do adepto comum, cuja paixao nao tem limites na defesa da sua dama. O Joker, o arqui-inimigo do Batman, e super-vilao por excelencia e, na optica do autor, a personificacao perfeita para dar corpo a um heteronimo, adepto de clube que prima pelo particular facciosismo e veia jocosa para encetar a sua critica poetica no quadro do panorama desportivo nacional. Sendo adepto de um clube pouco ou nada respeitado a instancias sulistas, e sendo o proprio Joker um alfacinha nado e criado, tem-se o mesmo em total propriedade e conviccao para, num estilo proprio, encetar por si, a critica aquilo que considera o para-sistema do desporto portugues. A escolha da poesia, como tecnica e arte de escrita, resultou da continuidade e gosto do autor noutros trabalhos e publicacoes. A encarnacao do Joker neste contexto, revelou-se, efectivamente, acertada. Nada como um vilao de riso facil e veia assassina para dar corpo a luta que se trava na Gotham City do desporto portugues. Depois do famigerado processo apito dourado e apesar de todos os arquivamentos decorrentes das teses acusatorias, o F.C. Porto mantem-se, a luz dos jornais e das televisoes da capital, como o patinho feio e o alvo a abater nas coordenadas dos seus shares televisivos ou tiragens diarias. O FCP, a ultima grande instituicao fora da capital que ainda resiste aos poderes centrifugos de Lisboa, e visto como um case-study de sucesso aos olhos estrangeiros, mas alvo das campanhas mais ignominiosas dentro do proprio pais que o alberga. Nesta senda, creio que todo e qualquer adepto do FCP se identifica com esta luta de resistencia aos poderes tiranicos e despoticos da capital, que nao suporta a prevalencia do sucesso desportivo dum clube erguido sob a egide duma figura incontornavel e carismatica: Jorge Nuno Pinto da Costa Se o FCP e o alvo a abater, o seu Presidente e o mobil desse crime lesa-majestade nacional: a inveja Tantas vezes copiado, e mil vezes imitado, sem que o seu sucesso permanente ao longo de mais de trinta anos a frente dos destinos do FCP tivesse sido rebatido, o Papa, como e (des)classificado o grande obreiro do sucesso do FCP, acaba por se tornar, naturalmente, como a figura de referencia (e reverencia ) deste vilao-poeta que, por mais estranho que pareca, so pretende divertir, agraciando a (Liga da) Justica "