ISBN-13: 9781479383696 / Portugalski / Miękka / 2012 / 148 str.
POR QUE OS HOMENS SE ANIMALIZAM E OS ANIMAIS NAO SE TORNAM HOMENS? - assim como dezenas de outras obras - nasceu a partir de uma releitura; da necessidade de se dar um novo sentido ao paradoxo existente entre o pensamento de dois grandes filosofos: Aristoteles, pensador de origem Macedonica, discipulo divergente de Platao, da Grecia antiga, (a.c); e Jean Paul Sartre (1905-1980) filosofo existencialista do seculo XX. Epistemologicamente, tal problematica esta situada entre duas distintas teorias do ser: A de Aristoteles, centrada nas concepcoes do Ato e da Potencia, caracterizadas nas finalidades do ser, ou seja, do que o ser pode vir a ser a partir do que se e; E a concepcao de Sartre, contraria a de Aristoteles, que preconiza que "o ser e o que e," ou seja, que nao e um ser fechado em si, em uma natureza, mas aberto para uma Condicao Humana. O novo sentido, a releitura, consiste exatamente num estudo mais aprofundado, especificamente no que diz respeito as concepcoes Aristotelicas de homem, em que se vislumbra, descobre-se, dois diferentes sentidos para o termo finalidade: O primeiro, como objetivo (alvo a ser alcancado); O segundo, como fim a que algo se destina (predeterminacao). O que se desvenda e que, todos os outros seres, na teoria do Ato e da Potencia de Aristoteles, diferentemente do homem, estao concebidos como sendo seres irracionais, e, portanto, dentro de uma concepcao de finalidade, pela natureza, determinista e/ou pre-determinista. Todavia, quanto ao homem, ha uma finalidade, mas nao como predeterminacao, e sim como alvo a ser atingido. Ou seja, existe algo em aberto, um "que fazer" humano, uma condicao que precisa ser atingida para que o homem se torne homem de fato, muito alem dele simplesmente nascer homem, crescer e morrer. Aristoteles definia o homem como um ser racional por natureza (mas como alvo a ser alcancado e nao no sentido de determinacao) e considerava a atividade racional, o ato de pensar, como a essencia dessa dita finalidade, isto e, como o poder viver de acordo com a sua razao. Dizia ele que, para ser feliz, para realizar-se enquanto homem, essa razao deveria comandar os atos da sua conduta etica, orientando-o na pratica da virtude. Teoricos que se centraram especificamente nas concepcoes do Ato e de Potencia, sem entender que havia uma excecao a essa regra especificamente relativa ao homem, ao "ser homem," dado que Aristoteles tinha uma teoria paralela, especifica para o ser homem, nao entenderam Aristoteles como deveria e, como Sartre, ainda que com toda a sua grandeza e magnitude filosofica, julgaram-no mal. Aristoteles, ao falar da conduta etica, da pratica da virtude, da busca da felicidade, fala da necessidade da existencia de uma condicao humana humanizada no homem, em coerencia com a sua racionalidade, para que ele de fato se humanize, mas nao de qualquer condicao dita humana, e sim de uma que permita a ele se humanizar, tornar-se ser humano de fato. Chamamos, assim, esse nao realizar-se do homem enquanto homem, essa condicao humana nao humanizada do homem, especialmente nas sociedades capitalistas ocidentais, onde tanto as relacoes sociais cotidianas, tanto quanto as diferentes instancias pedagogicas estao impregnadas ideologicamente de valores individualistas, Meritocraticos, consumistas, xenofobos e consumistas, de Mediocridade. Abordaremos essa problematica tanto dentro das relacoes sociais basicas da vida social, que nao deixam de ser antipedagogicas e mediocres, ainda que nao intencionais, diretamente falando, como daquelas que se referem ao uso da internet, ao mundo do trabalho, as relacoes amorosas, a vida intelectual, aos aspectos da socializacao primaria, no seio familiar, e as das instituicoes pedagogicas ou educativas propriamente ditas. Pretendemos, assim, desvelar as mascaras contrarias a humanizacao, sob as faces da mediocridade e, ao mesmo tempo, apontar nov"