ISBN-13: 9786202409483 / Portugalski / Miękka / 2017 / 156 str.
Na contemporaneidade, o corpo tem sido largamente discutido e industrializado. As distopias contemporâneas têm tornado mais agudas as problemáticas do corpo em suas narrativas, uma vez que o gênero distopia é extremamente arraigado à sociedade que o concebe, transpondo para a história os temores dessa coletividade de forma pungente e em narrativas que em geral se projetam para o futuro da humanidade. A fase atual tem por característica elementar a discussão de corpos erigidos a partir de um ideal capitalista de perfeição. Sob esta perspectiva, os romances Divergente (2012), Insurgente (2013) e Convergente (2014), escritos por Veronica Roth, se apropriam de elementos distópicos de obras clássicas. Neste viés, pretende-se estabelecer uma comparação entre os romances da trilogia Divergente, que se enfocam na transfiguração do corpo, e alguns romances distópicos clássicos que são centradas em uma crítica às políticas sociais. A partir das conexões com outros momentos do gênero e também a partir de algumas utopias, este livro pretende verificar como elementos sociais são traduzidos na narrativa de Roth, tendo em vista a troca da problemática política para a do corpo transfigurado.