ISBN-13: 9783639615845 / Portugalski / Miękka / 2014 / 76 str.
Este livro aborda as similaridades e incongruencias entre a arte de registrar os instantes atraves da fotografia e a arte de Rubem Braga em escrever suas cronicas. A partir da leitura da coletanea Casa dos Braga: memoria de infancia, de Rubem Braga (1913-1990), publicada em 1997, o texto aqui apresentado evidencia nessa obra do Braga o carater fragmentario, o recorte de personagens e paisagens, as dimensoes reduzidas dos textos coligidos e o pendor documentario dessa recolha de cronicas da infancia que conduzem o leitor a surpreender a tangencia e a contaminacao das operacoes da escrita memorialistica pelos processos do dispositivo fotografico, aqui considerado tanto como metafora da permanencia dos residuos mnemonicos no aparelho psiquico, quanto como sintoma que reune a fotografia e as ecritures de soi na mesma tensao "indecidivel" entre o registro testemunhal do passado e as muitas irrupcoes do imaginario e da ficcao. Ali mudada em tipos imoveis, a memoria textualizada nos mobiliza para vivificar o que esta morto, como no paradoxo em que a fotografia se diz: "eternizacao do instante.""
Este livro aborda as similaridades e incongruências entre a arte de registrar os instantes através da fotografia e a arte de Rubem Braga em escrever suas crônicas. A partir da leitura da coletânea Casa dos Braga: memória de infância, de Rubem Braga (1913-1990), publicada em 1997, o texto aqui apresentado evidencia nessa obra do Braga o caráter fragmentário, o recorte de personagens e paisagens, as dimensões reduzidas dos textos coligidos e o pendor documentário dessa recolha de crônicas da infância que conduzem o leitor a surpreender a tangência e a contaminação das operações da escrita memorialística pelos processos do dispositivo fotográfico, aqui considerado tanto como metáfora da permanência dos resíduos mnemônicos no aparelho psíquico, quanto como sintoma que reúne a fotografia e as écritures de soi na mesma tensão "indecidível" entre o registro testemunhal do passado e as muitas irrupções do imaginário e da ficção. Ali mudada em tipos imóveis, a memória textualizada nos mobiliza para vivificar o que está morto, como no paradoxo em que a fotografia se diz: "eternização do instante".