ISBN-13: 9781499140033 / Portugalski / Miękka / 2014 / 150 str.
Enquanto Descartes, na sua maxima -penso, logo existo-, preconizava, como Platao antes havia feito, a supremacia o Espirito (ideia) sobre Materia, Bacon, por outro lado, defendia que, na busca do conhecimento, precisavamos nos preocupar em nos livrarmos dos idolos, das falsas nocoes e/ou ideias que migravam para o nosso ser, para o espirito humano, como se fossem entes, isto e, como seres que nos tiravam da condicao de possuidores de ideias e nos colocavam na condicao escravizada de meros possuidos por elas (ideias), dando-nos, todavia, ao mesmo tempo, a ilusao e/ou sensacao de estarmos -hiperconscientes.- Mais adiante, ja no fim da era moderna e/ou inicio da contemporanea, o embate continua: Agora, entretanto, entre Hegel e Marx e/ou vice versa. As proposituras de Hegel nao sao muito diferentes das dos outros idealistas. Mas, as de Karl Marx, foram inovadoras, ou melhor, revolucionarias: ele, Marx, criou a teoria Materialista da Historia e/ou melhor, o chamado Materialismo Dialetico e/ou a ideia de praxis, que, muitos educadores, como Paulo Freire, aos seus modos, comecaram depois a chamar tambem de praxis pedagogica. Ora, mas o que vem a ser o principio dialetico Marxista? Nao tenho aqui a pretensao de explicar o pensamento de Marx, porque, o mesmo, ja se explica por si so. Resumindo, o que se pode dizer e que, ele, o principio dialetico, e o mesmo que uma especie de -complexidade do obvio-. Isto e, por meio dos seus principios preconiza-se, entre outras coisas, que: 1- a pratica e/ou materia nao se reduzem e/ou nao devem se reduzir a teoria; e, que: 2- nem tampouco a teoria e/ou a ideia devem ser reduzidas a pratica. Ou seja, que e preciso haver um processo dialetico. Em outras palavras: 3- tem-se sempre uma tese, que, seguindo um processo socialmente dinamico: 4 dara, supoe-se, sempre origem a uma antitese que, por sua vez: 5- redundara, tambem se supoe, numa sintese, ou seja: 6- numa nova tese, ate o curso final da historia, que seria, para Marx, a chamada -sociedade perfeita-. - -Isso nao seria uma utopia?- Saibam muitos, porem, que, para Marx, existe um caminho, enquanto alvo, a seguir, mas tambem que, esse caminho, ao contrario do que preconizam os Idealistas, faz-se somente ao andar. Ou seja, nas palavras do proprio Marx: -Para ser capaz de transformar (a sociedades e/ou a nossa condicao social) e tambem preciso, antes, ser capaz de transformar-se...- Eis ai o real sentido desse livro: -Pode alguem vir a transformar-se sem o acesso ao esclarecimento, sem a tomada de consciencia critica e/ou sem ser capaz de aprender a pensar, alem de somente (por meio das instituicoes ditas educativas) aprender pensamentos, sob a forma de saberes enlatados que (como certa vez escreveu-nos Nietzsche) embrutecem os nossos pensamentos?- Esperamos que, esse livro, assim como as dezenas de obras do autor possam, de alguma forma, contribuir a formacao de uma geracao mais feliz, humana, fraterna, respeitosa de suas diferencas, consciente e emancipada intelectualmente.