ISBN-13: 9783639838688 / Portugalski / Miękka / 2015 / 132 str.
O Evangelho de Filipe e um dos manuscritos da Biblioteca de Nag Hammadi, descoberta em 1945 no sul do Egito, na regiao de Chenoboskion. Esse documento e datado do sec.II d.C., e e representativo do grupo "cristao gnostico" valentiniano. O Evangelho de Filipe nao e similar aos evangelhos canonicos; nao relata cenas da vida de Jesus, mas possui, de modo geral, um carater catequetico. Ele e importante nao so por ser uma fonte primaria do valentinianismo, mas tambem porque nos revela um pouco sobre a ritualistica e os sacramentos gnosticos, assunto relativamente pouco conhecido ate mesmo no conjunto das fontes que tratam do gnosticismo. Muitos pesquisadores vem observando que os ritos de iniciacao descritos no Evangelho de Filipe sao muito similares a ritualistica do cristianismo proto-ortodoxo, o que nos mostra que as fronteiras entre os varios grupos cristaos eram muito tenues. Tais grupos, como os valentinianos, eram chamados de "hereges" pelos heresiologos, que na verdade o faziam numa tentativa nao so de desclassifica-los, mas tambem de afirmar sua propria identidade."
O Evangelho de Filipe é um dos manuscritos da Biblioteca de Nag Hammadi, descoberta em 1945 no sul do Egito, na região de Chenoboskion. Esse documento é datado do séc.II d.C., e é representativo do grupo "cristão gnóstico" valentiniano. O Evangelho de Filipe não é similar aos evangelhos canônicos; não relata cenas da vida de Jesus, mas possui, de modo geral, um caráter catequético. Ele é importante não só por ser uma fonte primária do valentinianismo, mas também porque nos revela um pouco sobre a ritualística e os sacramentos gnósticos, assunto relativamente pouco conhecido até mesmo no conjunto das fontes que tratam do gnosticismo. Muitos pesquisadores vêm observando que os ritos de iniciação descritos no Evangelho de Filipe são muito similares à ritualística do cristianismo proto-ortodoxo, o que nos mostra que as fronteiras entre os vários grupos cristãos eram muito tênues. Tais grupos, como os valentinianos, eram chamados de "hereges" pelos heresiólogos, que na verdade o faziam numa tentativa não só de desclassificá-los, mas também de afirmar sua própria identidade.