ISBN-13: 9783330746213 / Portugalski / Miękka / 2016 / 52 str.
ISBN-13: 9783330746213 / Portugalski / Miękka / 2016 / 52 str.
Atentar para a percepção do viajante, sensível aos mecanismos por ele utilizados implica em apreender suas experiências como sendo representações produzidas coletivamente, de modo que trata-se da atribuição de sentido a uma dada realidade. Por não serem discursos neutros, as representações nos revelam autoridades, escolhas, concepções, estratégias, conflitos, etc. Partindo desse pressuposto, a narrativa produzida por Richard Francis Burton (1831-1890) exprime a maneira como ele sentia e classificava a realidade a qual experimentava; assim como, em seus relatos ressoavam suas excentricidades, sua postura enquanto viajante inglês, curioso, erudito, aventureiro, e viajante-escritor. Abordaremos de maneira analítica seus diários de viagens, suas descrições e a sua trajetória, em especial o período entre 1865 e 1869 no qual exerceu a função de Cônsul inglês na cidade de Santos. A análise da obra de Burton sobre o Brasil mostra-se pertinente e interessante por se tratar de um viajante que percorreu as serras de Minas Gerais, navegou pelo Rio São Francisco até o mar, durante um período de mudanças sociais, políticas e econômicas do Brasil.