ISBN-13: 9781506198828 / Portugalski / Miękka / 2015 / 438 str.
Joaquina trazia segredos ocultados num canto da sua memoria. Vez por outra, ela tinha verdadeiros pesadelos, em vez de sonhos. Ela queria gritar para ser acordada, mas ninguem a ouvia e ela tinha que vivenciar cada uma daquelas tragedias atormentadoras em seus pesadelos. Eram as suas memorias de vidas passadas reveladas em seus sonhos. Ela nao ousava contar a ninguem o que ela tinha sonhado. Ninguem ia acreditar nas suas historias que mais pareciam lendas. Ela via criaturas de seu convivio nas suas varias vidas passadas. Ela nao seria louca de contar seus pesadelos, todos iam considera-la uma louca. O pior que quando ela acordava e se livrava daqueles pesadelos, ela se lembrava de todos os detalhes daqueles sonhos, ou melhor, daqueles pesadelos. Embora ela nao fosse o tipo de pessoa capaz de se impressionar, ela achava tudo aquilo muito tenebroso. Ela precisava se esforcar muito para nao ter medo de dormir, porque ela sabia que bastaria ela pegar no sono, aquelas criaturas excepcionais vinham e transformavam seus sonhos em verdadeiros pesadelos. E pela manha ela se sentia levemente assustada, como se ela tivesse saido de uma cena de horror. Quando em seus sonhos ela se via feliz, a sua felicidade revelada era desconexa da sua realidade. Logo ela via a sua felicidade descer na mais profunda tristeza, o seu amor morria e ela se vestia de luto. Era a dor da viuvez revelada em seus sonhos sobre este ou aquele marido que havia morrido, deixando-a viuva. Por mais que ela tentasse impedir de sonhar, os sonhos vinham em forma de um manto que a tornava imovel e a impedia de ela acordar. Ela tentava gritar o mais alto que pudesse, mas a voz era impedida de sair pela sua boca. Mas naquela manha o sonho veio com clareza, e ela se permitiu receber aquele sonho sobre aquela tragedia com o barco de seu marido que tinha saido para pescar em alto mar. No sonho ela viu aquele homem, o qual era o seu marido, que ao sair de barco para pescar, ele nao resistiu a forca do ciclone tropical que varreu os mares de Santa Catarina, deixando-a viuva. Por mais que fosse triste a sua alma, Joaquina tinha que resistir a tristeza revelada naquele sonho e deixar a sua memoria revelar todo sofrimento que ela tinha passado em cada uma das vidas que ela havia vivido. Talvez fosse o seu unico jeito de encarar a tristeza que saia de sua memoria. Por mais tristeza em sua alma, Joaquina sabia que precisava apagar de sua memoria todas as lembrancas de suas vidas passadas. Quando ela morreu naquele desastre do aviao e seu corpo fora carbonizado, ela sabia que a maldicao da viuvez tinha acabado. Ela podia ter nova vida e conhecer o seu grande amor que tinha naufragado e sido devorado por tubaroes quando ele tentava se salvar, montado nas costas de um companheiro morto que ela usava como bote salva-vidas. Viver era um desafio. Ela queria encarar novo desafio, assumindo um novo viver como mulher para encontrar o seu grande amor, a sua alma gemea, que havia reencarnado com a missao de encontra-la. Era a sua chance de encontrar novamente a felicidade nos bracos de seu grande amor. Ela ia ter nova chance de nascer, crescer e encontrar Aristides em nova vida como Alexandre. Afinal, somente as pessoas felizes vivem mais e melhor. Joaquina sempre acreditou no amor. Ela sabia que a maldicao do bruxo Semeao tinha se extinguido quando o seu corpo foi carbonizado. Ela estava livre para viver e encontrar o seu verdadeiro amor e poder procriar. Por mais que ela viesse passar por alguns tropecos, ela ia superar as dificuldades e ficar definitivamente com a sua alma gemea. Ela so precisava coragem e habilidades para vencer todos os percalcos que ela ia ter que vencer. Ela sabia que se quisesse colher as flores do jardim, ela teria rega-las e cuidar para que as ervas daninhas fossem retiradas do jardim. Ela sabia que se nao tivesse amado tanto assim, talvez ela nao tivesse voltado tantas vezes ao mesmo mar nem existiria tantas flore"