ISBN-13: 9783639746853 / Portugalski / Miękka / 2015 / 148 str.
Ao concluir sua definicao do dispositivo da sexualidade, em "A vontade de saber," Foucault deixou entrever que talvez outro dispositivo ja estivesse em vias de se compor. Partindo dessa ideia central e de uma serie de indicios que nos chegam por intermedio das inovacoes cientificas, este trabalho defende a hipotese de que o dispositivo da sexualidade esta sendo substituido pelo dispositivo da biotecnologia. Para fundamentar esta hipotese, a autora discute quais contribuicoes o conceito de biopoder pode trazer em relacao aos recentes avancos da biotecnologia, particularmente no que se refere a saude humana, percorrendo um vasto circuito teorico e um leque de autores que vai de Foucault e seus interpretes filosoficos, como Deleuze ou Agambem, ate aqueles que prolongaram as intuicoes foucaultianas nessa direcao, como Rabinow e Rose. Para cartografar as linhas que compoem esse novo dispositivo, a autora tomou como dados empiricos, as noticias veiculadas na midia sobre os avancos no campo da biotecnologia molecular, especialmente as ligadas a saude humana, realizando uma cartografia que se mostra util para pensar as novas modalidades de producao de subjetividade no mundo contemporaneo."
Ao concluir sua definição do dispositivo da sexualidade, em "A vontade de saber", Foucault deixou entrever que talvez outro dispositivo já estivesse em vias de se compor. Partindo dessa ideia central e de uma série de indícios que nos chegam por intermédio das inovações científicas, este trabalho defende a hipótese de que o dispositivo da sexualidade está sendo substituído pelo dispositivo da biotecnologia. Para fundamentar esta hipótese, a autora discute quais contribuições o conceito de biopoder pode trazer em relação aos recentes avanços da biotecnologia, particularmente no que se refere à saúde humana, percorrendo um vasto circuito teórico e um leque de autores que vai de Foucault e seus intérpretes filosóficos, como Deleuze ou Agambem, até aqueles que prolongaram as intuições foucaultianas nessa direção, como Rabinow e Rose. Para cartografar as linhas que compõem esse novo dispositivo, a autora tomou como dados empíricos, as notícias veiculadas na mídia sobre os avanços no campo da biotecnologia molecular, especialmente as ligadas à saúde humana, realizando uma cartografia que se mostra útil para pensar as novas modalidades de produção de subjetividade no mundo contemporâneo.