ISBN-13: 9783639619379 / Portugalski / Miękka / 2014 / 280 str.
Remeto-me a minha infancia e a parte de minha adolescencia, quando no suburbio ferroviario de Salvador observava as criancas, adolescentes e adultos jogando, lutando e se divertindo com a ludicidade da capoeira. E no olhar inocente, percebia que aquela pratica se perfazia em trocas de saberes e fazeres traduzidos em gingados, canticos e golpes entre as "rodas" cotidianas. Acionei estas memorias ao ler o trabalho de Regiane L. Lopes, um belo registro historiografico de uma Associacao Cultural da cidade de Sao Paulo, que tem como mote a tradicao da capoeira intervindo socialmente a partir da formacao de sujeitos multiplicadores: aprendentes que ensinam e mestres que aprendem, (re)formulando tecnicas, saberes, didaticas e tradicoes pautadas no campo da cultura e das tensoes politicas que as conjunturas apresentam. Uma leitura prazerosa e por vezes emocionante, pois, mesmo no rigor da pesquisa academica, a autora se justapoe entre a historiadora e como parte dos sujeitos participes desta historia. Um forte exemplo de que subjetividade, afetividade e comprometimento politico com o objeto de estudo, podem estar imbricados a pesquisa historica. Marcelo Rodrigues de Lima. Ms em Historia."
Remeto-me a minha infância e a parte de minha adolescência, quando no subúrbio ferroviário de Salvador observava as crianças, adolescentes e adultos jogando, lutando e se divertindo com a ludicidade da capoeira. E no olhar inocente, percebia que aquela prática se perfazia em trocas de saberes e fazeres traduzidos em gingados, cânticos e golpes entre as "rodas" cotidianas. Acionei estas memórias ao ler o trabalho de Regiane L. Lopes, um belo registro historiográfico de uma Associação Cultural da cidade de São Paulo, que tem como mote a tradição da capoeira intervindo socialmente a partir da formação de sujeitos multiplicadores: aprendentes que ensinam e mestres que aprendem, (re)formulando técnicas, saberes, didáticas e tradições pautadas no campo da cultura e das tensões políticas que as conjunturas apresentam. Uma leitura prazerosa e por vezes emocionante, pois, mesmo no rigor da pesquisa acadêmica, a autora se justapõe entre a historiadora e como parte dos sujeitos partícipes desta história. Um forte exemplo de que subjetividade, afetividade e comprometimento político com o objeto de estudo, podem estar imbricados a pesquisa histórica. Marcelo Rodrigues de Lima. Ms em História.