ISBN-13: 9783668069565 / Portugalski / Miękka / 2015 / 244 str.
ISBN-13: 9783668069565 / Portugalski / Miękka / 2015 / 244 str.
Doctoral Thesis / Dissertation from the year 2001 in the subject Philosophy - General Essays, Eras, grade: 10,0, University of Sao Paulo; Department of philosophy, course: History, language: Portugues, abstract: O objetivo deste livro e fazer uma analise ao mesmo tempo estrutural e cronologica da obra de Foucault, buscando sua logica interna, mostrando o itinerario de seu pensamento, suas etapas de elaboracao, as dificuldades com que se deparou ao longo dessa trajetoria, os conceitos que foram introduzidos, transformados ou abandonados, os seus temas e problemas centrais. O pensamento de Foucault e certamente dinamico, proteiforme, mas possui coerencia interna e ate uma certa sistematicidade. Essa sistematicidade se revela na concatenacao de tres instancias, que realizam, cada uma delas, um deslocamento fundamental na tradicao filosofica: uma nova concepcao da critica, uma nova concepcao do metodo e uma nova concepcao das praticas. Com esses deslocamentos, Foucault reformula a tarefa do pensamento, dando a critica uma nova finalidade e novos recursos. A critica tal como formulada por Kant tinha a funcao de conduzir o homem ao estado de maioridade, libertando-o das ilusoes transcendentais que o aprisionam. Podemos dizer que Foucault submete o projeto critico a uma metamorfose, que o desembaraca dos residuos transcendentais e idealistas que ele ainda carregava em Kant. Uma primeira metamorfose da critica foi realizada pelos ataques de Nietzsche, Freud e Marx, um independentemente do outro. Com o trio de pensadores, a critica deixa de buscar as condicoes formais de possibilidade da experiencia para buscar as suas condicoes reais, o seu a priori concreto e contingente, seja nas formas e relacoes de producao, nas representacoes do inconsciente e do desejo ou na historia da moral. Segundo Foucault, eles teriam criado uma nova hermeneutica, atraves da qual temos que nos interpretar a nos mesmos, como os textos de Nietzsche, Freud e Marx fossem eles proprios hieroglifos a