ISBN-13: 9781494782528 / Portugalski / Miękka / 2014 / 156 str.
"A revoada dos elefantes" e o sexto e ultimo volume das obras reunidas de Marcos Moura Vieira: Poesia e Prosa do seculo XX. Trata-se de um texto desenvolvido inicialmente na oficina de romance conduzida pelo escritor Luiz Antonio de Assis Brasil, na decada de noventa, como parte do programa de extensao em Literatura Brasileira da Pontificia Universidade Catolica de Porto Alegre. A trama se passa no Brasil, entre Porto Alegre, Sao Paulo e Imbituba, em Santa Catarina, onde dois intelectuais de meia idade, um homem e uma mulher, se reencontram ao cruzar com um adolescente naif de classe media. O texto estrutura-se em tres partes ou livros. No primeiro, "Edita-me ou te devoro," o narrador relata a historia do relacionamento da escritora Holda Archanjo com o seu editor Isaias Cruz, acompanhando a tentativa que ele faz de comunicar-se com ela. O segundo livro, "Cartas de Isaias," traz algumas correspondencias e apontamentos escritos basicamente por Isaias Cruz e Holda Archanjo nos ultimos anos do seculo XX. O terceiro livro, "O sexo sentido," apresenta um texto escrito por Holda Archanjo que da a sua perspectiva do encontro com Tulio e Isaias, na praia do Rosa, durante o ultimo carnaval do seculo passado. Em "A revoada dos elefantes" Marcos Moura Vieira realiza uma ficcao nova que, a exemplo das artes plasticas contemporaneas, constitui-se no fosso da sua base conceptual para realizar e dar o acabamento a criatividade artistico-estetica na propria enunciacao de um genero emergente. Desse modo a ficcao tracada em "A revoada dos elefantes" se realiza nao apenas por ou atraves de um genero literario autoritario, mas ela se anuncia eminentemente persuasiva na teia plurilingue dos seus generos hibridos (novela, carta e diario; narrativa, correspondencia e autobiografia; romance, cronica e poesia). Um texto que aprofunda um dialogo entre generos literarios e generos do discurso e que, tal um elefante tentando alcar voo, esta muito longe de alcancar uma compreensao do auditorio social ampliado. Segundo Assis Brasil: (...) "A historia da literatura esta cheia de exemplos em que julgamentos literarios foram tempos depois considerados injustos, pois os textos nao eram esteticamente irrelevantes, mas simplesmente iam alem da capacidade do horizonte de expectativa da maioria dos leitores de um tempo.(...) "A tentativa de pousar sobre o texto uma perspectiva menos colada ao prazer estetico, mais reflexiva, pode revelar a coerencia desse texto com o seu tempo e mais que isso, levar ao leitor a desvelar uma nova coerencia para si.""