ISBN-13: 9781497324466 / Portugalski / Miękka / 2014 / 146 str.
ISBN-13: 9781497324466 / Portugalski / Miękka / 2014 / 146 str.
I Foram e, ainda hoje - no alvorecer do sec. XXI - sao muitos aqueles que, conduzidos pelas ideias politico-economicas do pensamento Marxista, preconizaram e preconizam o "fim do capitalismo." Ou seja, preconizaram e preconizam que, seguindo-se um processo dinamico material e/ou naturalmente dialetico da historia, a "sociedade politica" capitalista seria e/ou sera tambem, naturalmente, incorporada pela "sociedade civil," dando-se origem, assim, a uma "sociedade dita perfeita," sem classes, na qual todos os homens excluidos, nela, finalmente estariam livres das "injusticas e/ou desigualdades sociais." O que se evidencia, entretanto, e que, historicamente, o capitalismo, apesar de passar por inumeras crises e por ser tambem um sistema politico economico cuja sua classe e/ou grupo social tem, por natureza, como principio, desagregar mais membros do que propriamente agregar, sempre manteve a sua hegemonia. Isto e, ele (o capitalismo), contrariando as teses Marxistas sobre o seu suposto fim, por outro lado, segundo as ja primeiras analises politico-economicas do Italiano Antonio Gramsci, a partir do seculo XX, Trouxe tambem consigo a chamada "Hegemonia," fazendo-se com que - por meio do carater ideologico dela - se paralisasse e nao somente condicionasse a "dialetica natural da historia." Ou seja, fazendo-se com que, ele, o proprio capitalismo, enquanto sociedade politica, por meio da ideologia, permanecesse como classe dominante e nao fosse incorporado pela "sociedade civil," no sentido visionario de Marx (tese segundo a qual, como ja mencionado, mas que aqui tambem vale reiterar, o mesmo se dissolveria, dando-se origem a chamada "sociedade perfeita e/ou sem classes"). II Nesse sentido, o objetivo do nosso trabalho e realizar um estudo sobre as problematicas a respeito das relacoes ideologicas entre a aqui chamada "Sociedade dos ricos sem dinheiro" e o capitalismo, na medida em que, este ultimo, enquanto sociedade politica tem, nas sociedades ocidentais capitalistas pos-modernas, sistematizado e difundido no imaginario sociocultural do proletariado, (sob a forma de valores e principios por estes internalizados) os ideais e/ou as suas ideias, cooptando-os, sem, todavia, nesse mesmo processo ideologico, socializarem e/ou redistribuirem tambem os meios materiais de producao social de existencia. Essa, para nos, evidencia-se como sendo uma das mais radicais e, ao mesmo tempo sutis, formas de hegemonia capitalista presente no seculo XXI. III Por esta via - como veremos mais aprofundadamente ao longo do nosso trabalho - sao dois os aspectos essenciais, enquanto premissas epistemologicas, que definem e/ou qualificam os membros pertencentes a essa chamada "Sociedade dos ricos sem dinheiro," presente nas sociedades capitalistas ocidentais pos-modernas, a saber: 1-O fato de os individuos pertencentes a ela, a essa "sociedade dos ricos sem dinheiro," estarem sempre, atraves do uso alienado e/ou viciado de creditos bancarios, "aumentando quase sempre o poder de consumo sem, todavia, nesses mesmos processos, aumentarem tambem as suas rendas," tornando-se, assim (enquanto um grupo significativo de individuos pertencentes a chamada populacao ativa) "escravos assalariados do capital," ou seja, sendo colocados, pela ideologia do capital, na qualidade alienada e desumanizada de escravos-proletarios, vendendo as suas forcas de trabalho apenas para pagarem, na primeira via: a-Altas taxas de impostos aos governos capitalistas e, na segunda: b-Altas taxas de juros as elites economicas (bancos, instituicoes financeiras, etc.). 2-O fato de, os mesmos, enquanto excluidos sociais, verem ainda no dito "sucesso escolar" e/ou no acesso ao nivel dito superior uma das e/ou a maior das possibilidades (ideologicamente pregada pelos capitalistas) de alcancarem a "mobilidade social ascendente," ou seja, de se alcancar a ascensao social pela via do alto grau de estudo e/"