ISBN-13: 9783639618549 / Portugalski / Miękka / 2014 / 100 str.
O presente trabalho apresenta uma introducao ao fazer literario do poeta brasileiro Francisco Alvim. Para tanto, buscou-se recuperar uma vertente da tradicao da moderna poesia ocidental - sobretudo em termos de como esta delineou historicamente sua problematica - para dai dimensionar o conflito especifico brasileiro animado pela estetica modernista. Resulta disso uma leitura panoramica de como determinadas manifestacoes poeticas questionaram o comportamento do sujeito lirico, a saber, Baudelaire, Mario de Andrade e Carlos Drummond de Andrade, o que possibilitou vislumbrar por um lado a trajetoria de despersonalizacao na concepcao de tal instancia discursiva, por outro a configuracao do que chamamos aqui de poeticas do legivel. Sendo assim, da leitura do flaneur de Baudelaire ao gauche de Drummond, pode-se, juntamente a Cacaso, avistar um espaco, na tradicao mencionada, para a poetica de Francisco Alvim, cujo nucleo compositivo parece estar orientado por uma estrategia discursiva voltada a elaboracao de um sujeito poetico, que ora se faz presente, mesmo que despersonalizado, e ora sai de cena em favor de locucoes aparentemente inanes."
O presente trabalho apresenta uma introdução ao fazer literário do poeta brasileiro Francisco Alvim. Para tanto, buscou-se recuperar uma vertente da tradição da moderna poesia ocidental - sobretudo em termos de como esta delineou historicamente sua problemática - para daí dimensionar o conflito específico brasileiro animado pela estética modernista. Resulta disso uma leitura panorâmica de como determinadas manifestações poéticas questionaram o comportamento do sujeito lírico, a saber, Baudelaire, Mário de Andrade e Carlos Drummond de Andrade, o que possibilitou vislumbrar por um lado a trajetória de despersonalização na concepção de tal instância discursiva, por outro a configuração do que chamamos aqui de poéticas do legível. Sendo assim, da leitura do flâneur de Baudelaire ao gauche de Drummond, pôde-se, juntamente a Cacaso, avistar um espaço, na tradição mencionada, para a poética de Francisco Alvim, cujo núcleo compositivo parece estar orientado por uma estratégia discursiva voltada à elaboração de um sujeito poético, que ora se faz presente, mesmo que despersonalizado, e ora sai de cena em favor de locuções aparentemente inanes.